sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Para muitos, Ciência e Poesia não possuem vínculo entre si, isolando-se nos seus fundamentos e caminhando por estradas opostas. Entretanto, se deixarmos a essência poética nos envolver, perceberemos o quão intenso é o elo entre elas. Pensemos que a Ciência é uma agradável e envolvente viagem, na qual torna-se possível adentrar espaços nunca antes vistos, permear por intensos conceitos e navegar por rotas desconhecidas. Esqueçamos um pouco a frieza científica tradicional e passemos a entender que a Ciência pode ser uma brincadeira, um momento de descontração ou de inconsciência, onde o real pode se tornar imaginário, sendo a recíproca, também verdadeira. A própria História da Ciência nos faz perceber o quão maravilhoso é estudarmos os fenômenos, relacionando-os com seu contexto histórico. Poetas, como Cassiano Ricardo, Casimiro de Abreu, Castro Alves, Fagundes Varela e Mário de Andrade, cada um com seu estilo, toque especial, detalhe intrínseco, amor próprio, colocaram em seus textos, a imagem de uma personagem que expressa o autêntico sentimentalismo: o coração poético. Assim como a Ciência busca desvendar o que ainda é desconhecido para o homem, a Poesia também extrai aquilo que é desconhecido para as outras pessoas ou até mesmo para o próprio poeta, criador do seu discurso. Porque, ser poeta é conhecer e não conhecer a si próprio, buscando desvendar os intrincados mistérios que envolvem seu próprio coração. Fábio Kawati, Técnico Multimeios Didáticos.

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